Portal EC Entrevista: Gerente Regional de uma das maiores empresas do setor moveleiro fala sobre o cenário econômico para a retomada
Pesquisas realizadas desde o início da pandemia podem mostrar onde estávamos e onde estamos. Mais ainda é cedo para dizer para onde vamos.
Com o objetivo de estimar o número de pessoas com sintomas da síndrome gripal e monitorar os impactos da pandemia da COVID-19 no mercado de trabalho brasileiro. A coleta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD COVID19 teve início em 4 de maio de 2020, com entrevistas realizadas por telefone em, aproximadamente, 48 mil domicílios por semana, totalizando cerca de 193 mil domicílios por mês, em todo o Território Nacional.
Nas questões de saúde, investiga-se alguns dos principais sintomas da COVID19 entre todos os moradores do domicílio, no período de referencia.
Já nas questões de trabalho, busca-se classificar a população em idade de trabalhar nas seguintes categorias: ocupados, desocupados e pessoas fora da força de trabalho. Foram levantadas também informações como: ocupação e atividade; se houve afastamento do trabalho e o motivo; exercício de trabalho remoto; busca por trabalho; entre outros.
Aconteceram divulgações semanais para alguns indicadores, em nível Brasil, e divulgações mensais para um conjunto mais amplo de indicadores, trouxemos aqui uma pequena parte desta ampla pesquisa.
E no final do primeiro ano da COVID-19 até novembro de 2020, 28, 6 milhões de pessoas (13,5% da população) haviam feito algum teste para saber se estavam infectadas pelo coronavírus (até outubro esse número estava em 25, 7 milhões de pessoas). Entre essas pessoas, 22,7% (6,5 milhões) testaram positivo em novembro do primeiro ano.
A força de trabalho chegou a 98,7 milhões em novembro, com alta de 0,8% em relação a outubro e de 4,4% em maio, início da pesquisa. O número de pessoas fora da força de trabalho chegou a 72,0 milhões em novembro, recuando 0,9% frente a outubro e 4,4 em relação a maio.
O vírus mexeu mais que com a saúde das pessoas, alterou a também toda a nossa forma de trabalho e vida cotidiana.
Destacando o cenário econômico e alta de preços dos nove grupos pesquisados, oito tiveram alta em janeiro. A exceção foram os Transportes, cujos preços recuaram 0,41%, após a alta de 2,31% verificada em dezembro. O maior impacto no índice do mês, veio de Alimentação e bebidas (0,97%), que acelerou na comparação com o mês anterior (0,35%). Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (0,93%) e Habitação (0,62%). Em termos de variação, os maiores resultados vieram de Vestuário (1,48%) e Artigos de Residência (1,40%). Os demais grupos ficaram entre o 0,25% de Educação e o 1,09% de Comunicação.
Nos Artigos de residência (1,40%), os destaques foram os eletrodomésticos e equipamentos (2,26%), cujos preços subiram mais que no mês anterior (1,51%), e os itens de mobiliário (2,04%). Esses dados foram publicados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – IPCA-15, através do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor, em Janeiro de 2022.
“O mercado vem reagindo bastante devagar e com muita dificuldade, acredito que devido mesmo a situação econômica, alto número de desempregados, inflação que gerou um aumento muito significativo no custo de vida das pessoas.”
Fazendo uma reflexão desse cenário econômico na pandemia, o Portal Espaço Corporativo entrevistou Fábio Stanigher de Camargo Pires, Gerente Regional de Vendas de uma das maiores empresas do setor moveleiro. Confira a entrevista:
Fábio Pires: O mercado vem reagindo bastante devagar e com muita dificuldade, acredito que devido mesmo a situação econômica, alto número de desempregados, inflação que gerou um aumento muito significativo no custo de vida das pessoas, a população muito endividada que dificulta muito o crédito, tão necessário para que as pessoas possam consumir, principalmente os mais humildes, acredito que o mercado poderá reagir de forma mais forte e constante quando os investimentos voltarem a acontecer, para que a geração de emprego seja mais efetiva e contínua e de qualidade.
Podemos perceber que a retomada ainda vai se arrastar por um bom tempo, alguns setores já voltaram, porém bem devagar como o turismo, e o setor de feiras e eventos, públicos reduzidos e seguindo vários protocolos.
Não podemos esquecer dos setores que trouxeram algumas mudanças de hábito, tecnologia da informação, logística e conteúdo digital, assim como as vendas online, todos se destacaram na pandemia e ainda estão aproveitando. Enquanto outros, de maioria presencial, como a indústria, ainda sofrem e planejam como retomar suas atividades como antes da pandemia do Covid-19.
Poderíamos até não estar em um bom momento, com cenário altamente satisfatório, mas ninguém imaginou que viveríamos tantos momentos de incerteza. Ainda não é possível dizer para onde vamos, mais sempre é possível criar novos planos A, B e se possível C.
Como disse Pires: “Hoje o online encurtou o caminho e continuará sendo essencial para que o negócio tenha sucesso”.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD COVID19, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.